domingo, 5 de fevereiro de 2012

O ultimo acto de coragem é ser romatico

Não compreendo o esquema mebtal de quem trai. Devo ser antiquado mas. por muitasvoltas que dê a cabeça, não percebo como conseguem essas pessoas dormir.
Já me relacionei com um individuo casado há 20 anos que chegava a usar a clássica desculpa de "vou ali comprar cigarros" para uma visita de médico a casa da amante. Morava na mesma rua. Quando a mulher lhe perguntava pela demora dizia que tinha encontrado um amigo com quem ficara à conversa. dou por mijm a afastar-me deste tipo de gente, com um estranho sentimento de culpa. Sim, é que uma coisa é a amizade que nos une, verdade, outra a sua vida privada - e já agora, como diz o povo "entre marido e mulher nãoi se mete a colher". Mas torna-se desagradavel quando conhecemos a pessoa. Quando nos vemos na posiçãode espetadores de um teatro de enganos, de bilhete pago não com dinheiro mas com pena/piedade/comiseração/vergonha, todos os piores sentimentos que se podemnutrir por seres humanos.
Agarro-me por isso cada vez mais ao exemplo dos leais, dos fieis, ou dos que Têm a dignidade de estar sozinhos quando sabem que, juntos, seriam a má companhia de outrem. Sim, sei do mundo em que vivo. Das facilidades e das tentaçõesnesse cocktail de fama, deslocações e redes sociais. Mas quando se gosta não se trai, ponto final paragrafo.
Casar com a pura intenção (e vontade) de respeitar os votos, na saude e na doença, é de homem.ser romantico, no sentido mais potencialmente piroso de mimar e compreender o outro, aceitar os seus defeitos e esperar que entenda os nossos, é um acto de coragem verdadeira. O mundo não está para eles, olha-os de soslaio ou com admiração basbaque com que se vêem animais raros no zoo. Mas estou-me nas tintas. Dêem-me qualquer valente discussão com a pessoa que amo, prefiro-a de longe à mentira. Até porque sei que, no dia seguinte, passado o azedume, terei aprendido algo util - e que eu e  tu , juntos, somos mais que dois.
LUIS FILIPE BORGES

2 comentários:

  1. Concordo plenamente com esse texto.
    Gostei muito do teu blog, simples mas muito directo.

    Márcia

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